quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A Rede ou A Roda na Misericórdia

Começar, Meiar, Findar, o que são essas coisas?

Aqui começa a história,
O Nascimento da Clínica,
Em terras de Vera Cruz, de São Salvador,
Das águas da Baia de Todos os Santos, de Iemanjá,
Das naus dos esquecidos, ou dos que,
Por vezes, por anos se quis esquecer.

O Claustro da Santa Casa,
As histórias de alcova,
Podem nos fazer lembrar que Vigiar e Punir,
Ou tratar, foram contínuos no mundo dos desvairados.

Os bem-feitores, seus beneméritos,
Suas pedras frias e firmes, seus baús,
Seu baldinho de cisterna, sua tecnologia,
Enfim, sua história, da Santa Casa de Misericórdia,
Com seus seis preceitos,
Liberdade, Concórdia, e aqueles que não me lembro,
Mas que disponibilizavam indulgências eternas até ao pior dos pecadores,
Aquele que negocia a vida do Outro.
Tudo ao nosso alcance, à nossa vista.

Nesse espaço convidamos à Rede.
Rede me lembra mar e mar basta apenas olhar pela janela,
Olhar para a Bárbara, para a Santa, pedir proteção e seguir.

No entre-lace de nossas vidas,
A Rede, a Educação, a Arte, a História, a Loucura.

Nilma Santos
Por ocasião da visita ao Museu da Misericórdia

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Lágrima

Contive

Hoje

Oprimido

Rasteiramente

Aquele

Rastilho de derramar a L

Á

G

R

I

M

A.